quinta-feira, 19 de junho de 2014

Plantas medicinais no apoio ao tratamento da hipertensão

Como introduzido por Veiga Junior, Pinto e Maciel (2005), a utilização de plantas com fins medicinais é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. "No início da década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que 65-80% da população dos países em desenvolvimento dependiam das plantas medicinais como única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde" (VEIGA JUNIOR, 2005). Como a utilização dessas plantas geralmente passa pela cultura popular e herança cultural familiar, a compreensão dos processos metabólicos relacionados ao uso é desprezada, tornando importante o aprofundamento e estudo. No entanto, ainda que seja um conhecimento passado "de pai pra filho" e que não envolve pesquisa científica, não deve ser desvalorizado. Muito pelo contrário: se continua a se perpetuar, o conhecimento é válido e traz bons resultados.
Em uma cartilha informativa confeccionada pela UNESP, Lopes, Feliciano, Diniz e Alves (2010) informam sobre o que é a hipertensão e plantas que podem ser utilizadas como apoio ao tratamento. Para isso, basearam-se numa pesquisa de caráter popular, em que pacientes indicavam as plantas comumente utilizadas por eles. A tabela que se segue expressa em porcentagem a frequência com que as plantas foram citadas.

A partir dessas informações, as plantas foram identificadas e suas propriedades pesquisadas. Aqui, vamos focar no que interessa: as que contribuem com o combate da hipertensão. São elas: pitanga, berinjela, urucum, erva-cidreira e camomila. Todas tendem a diminuir a pressão arterial e a erva-cidreira, por exemplo, atua no sistema nervoso diminuindo o estresse. 
Um ponto importantíssimo da pesquisa é desmentir a ação do boldo que, na realidade, pode aumentar a pressão sanguínea. 
A partir dessa e outras pesquisas, conclui-se que o uso de plantas medicinais associado ou não a tratamentos farmacológicos tradicionais é válido e importante. Além disso, nota-se a importância do aprofundamento acerca das propriedades de cada vegetal.
Portanto, hipertensos, lembrem-se: pitanga, berinjela e erva-cidreira são ótimos companheiros. Já o boldo deve ser retirado da dieta.

(por Flora Orofino Teles)

Bibliografia

VEIGA JUNIOR, Valdir F.; PINTO, Angelo C.; MACIEL, Maria Aparecida M.. Plantas medicinais: cura segura?. Quím. Nova,  São Paulo ,  v. 28, n. 3, Junho de  2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422005000300026&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17 Jun  2014.

LOPES, G., FELICIANO, L., DINIZ, R., ALVES, M.. Plantas medicinais: indicação popular de uso no tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Revista Ciência em Extensão, São Paulo, 6, dez. 2010. Disponível em: <http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/377/368>. Acesso em: 17 Jun. 2014.


Análise comportamental do portador de hipertensão arterial: informação e ação

Os autores Peres, Magna e Viana (2003) efetuaram uma pesquisa importante no sentido de compreender a situação do paciente hipertenso no contexto brasileiro de saúde pública. A primeira impressão é alarmante: 41% dos pacientes não sabem definir exatamente o que é a hipertensão arterial (Tabela 1).


Além disso, os fatores emocionais foram os mais referidos como obstáculos para o tratamento da doença (Tabela 2), o que evidencia, novamente, a influência negativa do estilo de vida estressante levado hoje pela população.


Apenas com esses dois dados podemos estabelecer dois importantes passos para combater a hipertensão: a informação surge como o mais importante, uma vez que um paciente que não conhece bem sua doença provavelmente não saberá tratá-la com eficiência. Tão importante quanto a informação, temos o modo de vida que precisa ser alterado. 40% dos pacientes relataram mudança nos hábitos alimentares e de vida, onde as práticas mais citadas para controle da doença foram caminhadas e ginástica. Nesse sentido, observa-se que o conhecimento acerca da doença parece limitado, ainda que existente. A hipertensão precisa ser compreendida em termos bioquímicos e fisiológicos reais para um tratamento eficiente.

Como conclusão, o óbvio: considera-se muito importante propor novas formas de orientação aos pacientes com hipertensão arterial. As respostas destoantes mostram confusão em relação ao que provoca, o que fortalece e o que combate a doença. Embora quase metade dos pacientes tenham relacionado a doença a fatores emocionais, quando entrevistados, apenas 30% indicaram o domínio do estado emocional como forma de combate. Isso sugere que o campo de combate à hipertensão ainda precisa ser fortalecido e melhor orientado.

(por Flora Orofino Teles)

Bibliografia

PERES, Denise S; MAGNA, Jocelí Mara; VIANA, Luis Atílio. Portador de hipertensão arterial: atitudes, crenças, percepções, pensamentos e práticas. Rev. Saúde Pública,  São Paulo,  v. 37, n. 5, Out. 2003.   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102003000500014&lng=en&nrm=iso>.  Acesso em:  17  Jun  2014.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Leptina

A leptina é um hormônio excretado pelas células do tecido adiposo cuja a função que mais se tem conhecimento é sua ação de ativar receptores hipotalâmicos que inibi a a secreção do neuropetídeo Y (NPY). A inibição do NPY faz com com que o indivíduo tenha maior sensação de saciedade e aumenta a termogênese. 
Apesar da leptina caracterizar-se por  ser possivelmente um agente redutor da pressão arterial, uma vez que a sua maior expressão está relacionada a indivíduos obesos, ou seja, a sua secreção tecido adiposo teria como objetivo aumentar a excreção de sódio pela urina e a produção de óxido nítrico, logo diminuiria a tensão arterial, porém o uso crônico desse hormônio tem como resultado a elevação da pressão arterial e frequência cardíaca, porque ocorre há uma interação simpática com o rim assim diminuindo a a excreção de sódio pelo organismo.
  • .Óxido nítrico: aumenta o fluxo sanguíneo diminuindo a resistência vascular.
Desta forma o uso de leptina no tratamento para da hipertensão e desaconselhável, pois os seus benefícios são limitados e a alta concentração desse hormônio implicaria a outras problemas, como aumento da pressão arterial e uma possível inibição da produção desse hormônio em tratamentos que utilizaria de fontes exógenas desse hormônio.


(Por Yan Felipe)
Referências
http://www.abeso.org.br/pagina/213/hipertensao+e+obesidade.shtml
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n6/a06v11n6.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-21002010000200021&script=sci_arttext
http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/3538
http://www.scielo.br/pdf/ape/v23n2/21.pdf

terça-feira, 17 de junho de 2014

Hipertensão Arterial e contraceptivos orais



Após sua introdução nos anos 60, milhares de mulheres viraram adeptas ao uso de anticoncepcionais. Eles representam o método contraceptivo reversível mais eficaz conhecido, tendo, atualmente, papel principal no controle de natalidade mundial. Sua eficácia vem de preparações contendo hormônios esteróides, o que demanda certa atenção, já que é sabido que hormônios esteróides tem ação sobre o sistema vascular. Seu consumo, assim, como de quqlquer outra droga, pode trazer consequências, como por exemplo: trombose, tromboembolismo e hipertensão. Desde sua criação, os contraceptivos orais vêm passando por várias modificações em sua composição, para que os efeitos colaterais e os fatores de risco sejam reduzidos. As formulas atuais, que possuem menos estrogênio, são seguras para a maioria das mulheres fazendo com que o risco de desenvolver hipertensão seja muito baixo. O uso de contraceptivos orais é contra indicado para mulheres que já tiveram pré-eclampsia e mulheres com hipertensão primaria, pois elas são mais suscetíveis ao desenvolvimento de hipertensão induzida pela pílula, caso seja necessário o uso, a mulher tem que fazer um acompanhamento médico para que evite problemas futuros. O funcionamento do mecanismo de desenvolvimento desse tipo de hipertensão ainda é desconhecido. Várias pesquisas veem sendo desenvolvidas para que esse tipo de contracepção atinja mais mulheres e com menores efeitos colaterais. Mesmo com as poucas informações acerca do assunto, médicos dizem que caso a doença seja identificada precocemente e tratada apropriadamente, a taxas de mortalidade e morbidade seriam reduzidas de forma satisfatória, podendo até ser evitada.
(Por Ravenna da Silva)
Referências:

ABRAHÃO, S.B., MION Jr. D. Hipertensão arterial e contraceptivos orais. Revista Brasileira de Hipertensão. Vol 7. Out./Dez. 2000. Disponível em <http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/7-4/015.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2014

Hipertensão Arterial induzida por drogas

A hipertensão arterial de etiologia secundária se dá por intermédio de outras substâncias como, por exemplo: anticoncepcionais, álcool, remédios e drogas ilícitas. Estas podem causar aumento de pressão, inibição de remédios hipertensivos ou agravar uma hipertensão preexistente. Entre as substâncias e as drogas mais relacionadas a essa doença, podemos encontrar os esteroides, os antidepressivos, os anti-inflamatórios não hormonais, as drogas simpatomiméticas, os esteroides sexuais, a terapias imunossupressoras (como a ciclosporina e a eritropoetina), agentes anestésicos, álcool e drogas ilícitas (como a cocaína, a anfetamina e seus derivados). Substâncias como anticoncepcionais e álcool parecem ter um tipo de dependência relacionada à dosagem usada e ao tempo de acompanhamento para que haja o aumento da pressão. E nesse tipo de droga o aumento de pressão se deve a retenção de água e sódio e também por afetar a resistência vascular renal e extra renal. As drogas ilícitas estão ligadas à estimulação simpática com quadros graves e até risco de vida. Como tratamento é aconselhado fazer a manipulação em doses controladas, seja com redução da dose ou com manipulação em dias alternados, do agente casual da mesma, tendendo à descontinuação.  Tudo mediante acompanhamento médico e com as devidas precauções.
(Por Ravenna da Silva)

Referências:

PLAVNIK, F.L. Hipertensão arterial induzida por drogas: como detectar e tratar. Revista Brasileira de Hipertensão. Vol 9: 185-191. Abr./Jun. 2002. 

Tratamentos para hipertensão qual a melhor opção?

Atualmente o tratamento para hipertensão é feito de duas formas o método medicamentoso e o não-medicamentoso.  Os tratamentos tem como objetivo reduzir a pressão arterial e mante-la entre 140 mmHg e 90 mmHg sistólica e diastólica.
O tratamento não-medicamentoso é o primeiro a ser prescrito pelo médico, pois possui baixo custo financeiro, previne outros fatores de risco e aumenta a eficácia do tratamento medicamentoso. Esse tratamento consiste na mudança do modo de vida, como mudança no padrão alimentar com a redução do consumo de sódio nas refeições e gorduras insaturadas e evitar o consumo de álcool, doces e derivados do leite integral juntamente a essas restrições abandonar o tabagismo. A dieta deve-se basear em vegetais, frutas, alimentos integrais apenas essas alterações já são capazes de diminuir a pressão arterial sistólica de 8 a 14 mmHg. A obesidade e o sobre-peso estão associados a hipertensão, desta forma a prática de atividade física aliada a perca de peso além de trazerem benefícios, como: reverter a baixa autoestima, aumenta a mobilidade e evita problemas ortopédicos a perda de 10 kg, por exemplo, pode diminuir a pressão arterial sistólica de 5 a 20 mmHg.
O tratamento medicamentoso tem como único benefício direto a praticidade, porém sempre está aliado ao não-medicamentoso. Esse tratamento possui implicações inexistente no outro tratamento, como efeitos colaterais e custo elevados, porque mesmo que o paciente tenha acesso a medicação de graça em postos de saúde esses fármacos tem custos à receita pública. Os medicamentos anti-hipertensivos dividem-se em seis categorias diuréticos, inibidores adrenérgicos, antagonistas dos canais de cálcio, vasodilatadores diretos, inibidores da enzima conversora da angiotensina e antagonista do receptor da angiotensina II. 

  • Diurético: aumenta o fluxo urinário assim eliminando o sódio do organismo consequentemente diminuindo a pressão arterial.
  • Inibidores adrenérgicos:  esses medicamentos devem ser associados com uma segunda droga e possuem mais duas variações Alfa- 1bloqueadores e beta bloqueadores, porém  serão apenas citados nesse texto para maior conhecimento indico a leitura dos artigos que foram usados como referências.
     
  • Vasodilatadores diretos: promove o relaxamento da musculatura do vaso arterial.
Fato é que a partir dos dados apresentados o uso de fármacos mostra-se de grande parte desvantajoso para o paciente que tem a possibilidade de mudar a sua rotina.

(Por Yan Felipe)

Referências

DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL (V DBHA,2006) Hipertensão,2006

Corrêa, T. D., Namura, J. J., Atallah, C., Castro, M. G., Meneghini, A., & Ferreira, C. (2006). Hipertensão arterial sistêmica : atualidades sobre sua epidemiologia , diagnóstico e tratamento, 31(2), 91–101.


 

Hipertensão e Gravidez



A hipertensão é considerada a doença mais problemática da saúde pública atual por causa do seu alto custo médico-social e sua proporção muda de acordo com a região, sendo maior nas regiões norte e nordeste.

O grupo de Estudo da Hipertensão Arterial na Gravidez do Programa Nacional de Hipertensão Arterial (EUA) e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO (BR), tem a classificação de doenças hipertensivas gestacionais mais aceitas atualmente. São elas:
  1. Hipertensão crônica (HC): é a hipertensão presente antes da gravidez ou que foi diagnosticada antes de 20 semanas de gestação. Também é considerada HC aquela hipertensão diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e que não normaliza no pós-parto;
  2. Pré-Eclâmpsia (PE)/ Eclâmpsia (E): é a principal causa de morte materna e perinatal em países em desenvolvimento. Ela é caracterizada pelo comprometimento clínico generalizado heterogêneo e alterações laboratoriais. E pode-se manifestar tanto como uma síndrome materna como uma síndrome fetal, tudo depende dos dados clínicos;
  3. Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica: Dá-se pelo surgimento de proteinúria após a idade gestacional (IG) de 20 semanas em portadora de HC, ou pelo aumento adicional da proteinuria em quem já apresentava aumento prévio;
  4. Hipertensão Gestacional: é o aumento da pressão arterial que surge após as 20 semanas de idade gestacional e sem proteinuria. Podendo desaparecer ou persistir para uma hipertensão crônica se a pressão arterial permanecer elevada 12 semanas pós-parto.
O diagnóstico precoce e o tratamento correto das pacientes que apresentarem uma dessas doenças, evitará o aparecimento de formas clínicas mais graves.
(por Ravenna Horana Alves da Silva)

Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2009001300017&script=sci_arttext

Hipertensão e hospitalizações

Os diagnósticos de hipertensão arterial essencial representam pelo menos 90% dos casos de hipertensão. Ao saber que nesses casos não se sabe ao certo o motivo dessa patologia tem-se, como possível explicação fatores genéticos ou ambientais. Tendo em vista que a hipertensão pode ser contornada a partir da mudança do modo de vida sedentário e hábitos alimentares o diagnóstico prévio trás inúmeros benefícios, pois a educação está associada ao tratamento assim as internações tornam-se menores.


Os casos de internação mais comuns são crise hipertensiva ou pseudocrise hipertensiva e cerebrovascular. O perfil de paciente mais comum nessas intervenções são homens,  a partir dos 60 anos, não faz o uso de medicamentos anti-hipertensivos e pressão arterial não controlada (Barreto, Silva, & Paulo, 2013), porém outros estudos que apontam que apesar de não haver preponderância nos casos de hipertensão entre homens e mulheres, mas as mulheres são mais sucessíveis a crises hipertensas. Alguns autores associam essa características ao maior contato das mulheres com serviço de saúde assim tendo maior número de diagnósticos.

               
Logo, a faixa etária em que possui o maior número de intervenções médicas e que deve ser acompanhada com atenção é a partir dos 60 anos. O fator sexo não tem implicações práticas, mas o que pode explicar essa característica dados socioeconômicos.

(Por  Yan Felipe)
Referências:
Barreto, S., Silva, S., & Paulo, S. (2013). Artigo Original Hospitalização por agravos da hipertensão arterial em pacientes da atenção primária Hospitalization due to complications of arterial, 26, 313–317.
Brasil, N. (2003). 1. Epidemiologia da Hipertensão Arterial 1.1., 5–6.
Santos, S. S., Flavia, D., & Amorim, S. (2013). ARTIGO ORIGINAL Hospitalizações por hipertensão arterial essencial em caráter de urgência no Brasil , 2008-2012, 2008–2012.

Hipertensão Intracraniana


Pressão intracraniana (PIC) é a pressão encontrada dentro da caixa craniana, tendo como referencia a pressão atmosférica e pode ter uma variação de 5 a 15 mmHg. A hipertensão intracraniana (HIC) é a alteração do volume do conteúdo encontrado dentro do crânio (cérebro, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio, que pode ser considerado constante. A HIC é uma condição clínica que acomete muitos pacientes em unidades de tratamento intensivo (UTI) e é uma das causas mais comuns de lesão cerebral secundária em crianças. Alguns dos sintomas clássicos da HIC, nos adultos e nas crianças maiores, são: a cefaleia, alterações visuais, náuseas e vômitos. Para tratar a HIC é necessário a remoção da sua causa, seja ela, um tumor ou excesso de líquido cefalorraquidiano, por exemplo. Mas muitas vezes isso não é possível, devido à futuras complicações. Portanto, enquanto a causa não é retirada, é necessário tomar medidas provisórias, podendo ser de ordem geral ou medidas específicas. As medidas de ordem geral podem ser: a mudança da posição da cabeça do paciente, colocando-a elevada a 30º (o que melhora a drenagem venosa, a reabsorção liquórica e a ventilação), o controle da temperatura corporal, a monitorização hemodinâmica, a desobstrução de vias aéreas, suporte nutricional, sedação, controle de convulsões e para a manutenção da homeostase, deve-se fazer uma hidratação. Já as medidas especificas podem ser: a drenagem do líquido cefalorraquidiano, manipulação de agentes osmóticos, diuréticos e barbitúricos, hiperventilação e a inibição da produção de líquido cefalorraquidiano, que pode ser feita através da manipulação de costicosteróides e inibidores da anidrase carbônica, como a acetozolamida. Contudo, estudos ainda estão sendo feitos para que o tratamento da hipertensão intracraniana seja mais incisivo e eficaz e, assim como qualquer outra doença, o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento.

(Por Ravenna da Silva)

Referências:

CARLOTTI, C. G., COLLI, B. O. E DIAS, L. A. A. Hipertensão Intracraniana. Simpósio: Medicina Intensiva: II. Tópicos Selecionados. Medicina. Ribeirão Preto. Capítulo V. out./dez. 1998. Disponível em < http://revista.fmrp.usp.br/1998/vol31n4/hipertensao_intracraniana.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2014



GIUGNO, K. M., MAIA, T. R., KUNRATH, C. L. BIZZI, J. J. Tratamento da hipertensão intracraniana. Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. 2003. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/jped/v79n4/v79n4a05.pdf>. Acesso em: 16 de jun. 2014

Hipertensão arterial pulmonar (HAP)


  Definida como anomalidade circulatória, caracterizada por aumento da resistência vascular na pequena circulação. Por meio de mecanismos mistos, envolvendo vasoconstrição, remodelamento da parede arterial e trombose.  O aumento progressivo da resistência vascular pulmonar (RVP) leva à insuficiência ventricular direta (IVD) e morte precoce.

                                                                              É classificada em três subgrupos:


a) Hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI). Rara e predomina em mulheres jovens (pouco descrita na gravidez)

b) Hipertensão arterial pulmonar familiar (HAPF).

c) Hipertensão arterial pulmonar relacionada a fatores de risco ou a condições associadas (HAPA). Pode se associar a cardiopatias, colagenoses, doença tromboembólica, infecção por HIV, drogas, toxinas, parasitas (Schistosoma mansoni), entre outros.


                                                                                  (por Anna Clara Soares Barbosa)

Bibliografia:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066-782X2009001300016&script=sci_arttext

Hipertensão primária e secundária

Primária – Podendo também ser chamada de essencial ou idiopática. Forma mais comum.
Esta indica índices de pressão arterial elevado a partir de causa “desconhecida”.
Relacionado à interação dos fatores genéticos, ambientais e o próprio envelhecimento em si. Entre esses maus hábitos estão o consumo de muito sal Alguns estudos ainda dizem q o stress, o consumo de cafeína e a insuficiência de vitamina D podem influenciar também.

  Secundária – É a consequência de uma causa identificável. Doenças renais são a causa mais comum, vindo seguido dos transtornos endócrinos. Entre outras possíveis causas estão à obesidade, a apneia do sono, a gravidez, a coartação da aorta, o consumo excessivo de alcaçuz e uso de determinados medicamentos.


                                                                                                   
                                                                                      (por Anna Clara Soares Barbosa)


Bibliografia:

http://en.wikipedia.org/wiki/Hypertension#Cause

Tabagismo e hipertensão


  A nicotina promove a liberação de catecolaminas, que são compostos químicos derivados do aminoácido tirosina, as mais abundantes são adrenalina, noradrenalina e dopamina. Estes aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial e a resistência periférica. Aumentando assim a capacidade orgânica de formar coágulos e diminuir sua função destruí-los. Havendo também redução de oxigênio nos glóbulos vermelhos, pois o monóxido de carbono (que também lesa a parede interna dos vasos, propiciando a deposição de gorduras) se liga à hemoglobina.

   O fumo é o único fator de risco totalmente evitável. E este é adquirido na maioria das vezes na adolescência. Por influência da sociedade, amigos, problemas (como válvula de escape) e diversos outros motivos.

  Parar de fumar é uma meta importante no tratamento de hipertensos, o que não é uma tarefa fácil. A dependência da nicotina não apensa causa doenças, mas ela mesma é uma doença. Existindo assim tratamentos para esta dependência.

                                                                                                            
                                                                                                                                                                                                       (por Anna Clara Soares Barbosa)


Bibliografia:
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v6n1/13919.pdf
http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/atu1_02.htm


segunda-feira, 16 de junho de 2014

As serpentes jararacas e sua importância para os Hipertensos


      
      Hoje vamos ver um medicamento no quanto tanto curioso para o controle dessa doença. Diversas pesquisas têm sido feitas a partir de um peptídeo retirado do veneno de uma das serpentes mais venenosas do Brasil, as famosas jararacas. Esse peptídeo tem o poder potencializar uma substância chamada de bradicinina (BPP), uma substância capaz de controlar a hipertensão arterial. E ainda há suspeitas que esse medicamento diminuiria os efeitos colaterais no tratamento.
       



     Os medicamentos atuais são baseados nos (BPP’S), porém agem na inibição de uma substância chamada de angiotensina que também atua na diminuição da pressão arterial. No entanto, a diminuição dessa substância causa uma elevação da freqüência cardíaca. O peptídeo foi descoberto por uma pesquisado do Instituto de Química da USP, Claudiana Lameu .Ela descobriu nessa molécula um efeito diferente, agindo de maneira a não causar efeitos negativos como os outros medicamentos.Ou seja, as temidas jararacas têm uma grande importância na vida dos hipertensos.
     O estudo foi feito com com ratos hipertensos no qual se inseria um bomba de infusão que injetava esses peptídeos nos animais.Em um determinado tempo a nível de pressão dos indivíduos se estabelecia ao nível de normal.E segundo a pesquisadora não foram encontrados efeitos colaterais diferente de outros medicamentos.





  Bibliografia:
http://www.usp.br/agen/?p=3278
http://www.redetec.org.br/inventabrasil/hiper.htm
http://www.butantan.gov.br/


Por Gabriel Caputo

domingo, 15 de junho de 2014

Humor e pressão arterial: fatores psicofisiológicos da hipertensão

Quando se fala em pressão arterial alta, a sabedoria popular costuma associá-la diretamente ao estresse e modo de vida exaustivo. Uma associação que faz sentido quando pensamos na imagem de um adulto estressado, tipicamente com o coração acelerado e face corada. Decerto esse comportamento não pode trazer bons frutos.
Ao partir para um estudo sobre esse tema, encontramos que o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial e reatividade cardiovascular pode estar relacionado a fatores emocionais como ansiedade, hostilidade, estresse, impulsividade e raiva (FONSECA, 2009). Considerando a complexidade subjetiva do ser humano e suas peculiaridades genotípicas, a maioria das pesquisas mostra que não é possível estabelecer relação direta com certeza, mas há boas evidências de que a hipertensão apresenta variabilidade de acordo com o humor dos pacientes.
       Em um estudo de Pugliese (2007), um grupo de pacientes com hipertensão não controlada foi submetido a um teste para avaliar a eficácia da intervenção psicológica associada à terapia farmacológica para redução de risco coronariano. Foram três programas de tratamento distintos: o grupo TC recebeu tratamento farmacológico convencional; o grupo GO recebeu tratamento farmacológico e participou de um programa de orientação para controle dos fatores de risco cardiovascular; o grupo IPEV recebeu tratamento farmacológico e obteve intervenção psicológica no sentido de reduzir o nível de estresse e mudar o comportamento alimentar. 

A principal medida de avaliação foi o índice de risco de Framingham (p = 0,001) e o grupo TC teve uma redução média de risco de 18%, o grupo GO um aumento de 0,1% e o grupo IPEV uma redução média de 27%. Nesse sentido, fica claro o papel da intervenção psicológica, evidenciando a importância da redução de estresse para esse tipo de paciente.

             Na literatura também encontra-se relação entre os fatores de risco associados à hipertensão como obesidade, fumo e consumo de sódio e o próprio estado de estresse, o que potencializa o risco de desenvolvimento de hipertensão e outros males cardiovasculares. Portanto, ainda que a maioria das pesquisas qualifique os resultados como inconsistentes ou “modestos”, todos sugerem o controle do estresse como algo importante no tratamento da hipertensão arterial. 

(por Flora Orofino Teles)


Bibliografia

FONSECA, Fabiana de Cássia Almeida et al. A influência de fatores emocionais sobre a hipertensão arterial. J. bras. psiquiatr.,  Rio de Janeiro,  v. 58, n. 2,   2009.

GASPERIN, Daniela et al . Effect of psychological stress on blood pressure increase: a meta-analysis of cohort studies. Cad. Saúde Pública,  Rio de Janeiro,  v. 25, n. 4, Apr.  2009.

PUGLIESE, Rita et al . Eficácia de uma intervenção psicológica no estilo de vida para redução do risco coronariano. Arq. Bras. Cardiol.,  São Paulo,  v. 89, n. 4, Oct.  2007.

CASTRO, Adélia Paula de; SCATENA, Maria Cecília Morais. Manifestação emocional de estresse do paciente hipertenso. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto,  v. 12, n. 6, Dec.  2004.

Práticas de Exercícios na prevenção e combate a Hipertensão

       Sabemos que as práticas de exercícios físicos geram um bem estar saudável e desempenha um papel importantíssimo na saúde humana. Hoje veremos um pouco desses benefícios tendo em vista o controle dessa doença.

       Mas o que é um exercício físico? Muitas pessoas não sabem a definição e achamos importante colocar aqui seu conceito. Sendo ele uma atividade realizada por atos repetitivos com movimentos orientandos tendo como conseqüência um maior consumo de oxigênio, gerando assim trabalho. A prática de exercícios feita regularmente leva a importantes adaptações do organismo que influenciaram no sistema cardiovascular. No decorrer o corpo humano sofre modificações nos músculos ativos, o que promove um melhor desempenho do organismo.

        O treinamento físico intenso e regular pode alterar a características desse órgão, tal como sua estrutura, tamanho e ritmo.
           
             Vale ressaltar alguns dos efeitos fisiológicos acarretados pela mudança de ritmo no organismo. O coração aumenta sua freqüência para poder saciar o organismo com a quantidade suficiente de oxigênio no sangue. Esse aumento na oxigenação do sangue leva os músculos do órgão a trabalharem mais no quesito de contração e relaxamento, o que muda totalmente sua forma tornando mais saudável e rígido.
             
                  Como já falado em postagens anteriores, o melhor a se fazer no combate a essa doença é conciliar uma boa alimentação com a prática de exercícios físicos. Visando promover o controle do peso e conseqüentemente reduz os riscos cardiovasculares




         Bibliografia:
http://www.famerp.br/projis/grp15/exercicios.html
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a08v10n6.pdf
http://www.oocities.org/veterinariobr/materias/fisiologia/atividadecoracao.htm


Por Gabriel Caputo



sábado, 14 de junho de 2014

A dieta de um Hipertenso


   Sabe-se que o peso fora do normal é um fator que influência arduamente nessa doença. Nessa postagem daremos algumas dicas de alimentos e a importância de ser ter uma boa dieta para o controle da hipertensão.
   O índice de massa corporal (IMC) pode ser um marcador da doença dependendo de como está o seu nível. Se estiver superior a 25, há uma chance de esse indivíduo ser portador da hipertensão e também de outras doenças cardiovasculares. Por isso é de extrema importância o controle de peso tendo como via uma boa alimentação. Alimentos que possuem em sua composição gorduras saturadas, muito colesterol, as famosas conservas, todos esses devem ser retirados do cardápio.
    Alguns nutricionistas adotam uma dieta que corta o sódio e aumenta o consumo de vegetais, como frutas e legumes. O que não pode faltar também são as proteínas providas de aves brancas e a carne de peixe( rica em Omega 3).Dos vegetais cinco são altamente recomendados e esses são:
-Brócolis, cebola, alho, abóbora e aipo.
  


   A maioria desses alimentos é de extrema importância para regulação da pressão arterial por serem ricos em substâncias que realizam tal função.





Se você é hipertenso, segue aqui uma lista de alimentos benéficos e não benéficos a sua saúde:
Os Bons !!!
-Frutas
-Legumes
-Óleos Vegetais(Azeites)
-Queijo Branco
-Aves brancas
-Peixes


Os Ruins !!
-Alimentos industrializados
-Sal
-Bebidas Alcóolicas
-Carne Vermelha
-Gorduras e Açúcar
-Refrigerantes e produtos conversados

No geral é isso pessoal,espero que tenham gostado das dicas de alimentação para um hipertenso.A grande importância é manter o equilíbrio sempre.





Bibliografia:
http://pressao-arterial.info/mos/view/Alimentos_para_Hipertensos/
http://revistavivasaude.uol.com.br/nutricao/dieta-para-combater-a-hipertensao/593/


Por Gabriel Caputo


Hipertensão em jovens

    Atualmente, nota-se que um dos males que antes era associado apenas a adultos tem aumentado entre crianças e adolescentes a hipertensão arterial (HTA). Na qual está relacionada ao modo de vida pouco saudável, como: inatividade física, maus hábitos alimentares, obesidade e fatores genéticos. 
    A variável que está mais fortemente ligada à hipertensão arterial ao menos na infância é o fator peso (obesidade), porém outro fato que tem se relacionado HTA ao menos na adolescência é consumo do sódio, pois a alimentação desde o período neonatal com alimentos ricos em sódio, ou seja, alimentos industrializados.
    O diagnóstico da hipertensão em jovens, ou seja, crianças/adolescentes é dado a partir da analise das curvas de distribuição da Pressão Arterial Diastólica (PAD) e Pressão Arterial Sistólica (PAS) junto aos dados referentes a sexo e idade. Desta forma o jovem é caracterizado como hipertenso quando o seu percentil está acima de 95, onde o jovem com o percentil a baixo de 90 é considerado normal, acima de 90 até 95 normal alta e acima de 95 alta. A hipertensão é caracterizada basicamente em duas a essencial ou primária e a secundária, sendo a secundária associada a crianças com idade menor e a essencial a crianças a partir dos dez anos sendo que a primária está relacionada a quadros em que o jovem tem vários familiares hipertensos, o que se reflete há uma hipótese de modificação genética que resumidamente trata-se da alteração dos transportes de eletrólitos no sistema endócrino.




Vídeo sobre hipertensão infantil

https://www.youtube.com/watch?v=DI5a3mnHO_0&hd=1



Referências:

Eliane, M., Magalhães, C., Brandão, A. A., Pozzan, R., & Brandão, A. P. (2002). Artigos Hipertensão arterial em crianças e adolescentes, 9(21).
Maria, D., Zanetta, T., & Burdmann, D. A. (2003). O diagnóstico da hipertensão arterial na criança e no adolescente, 25(4), 174–183.


(Por Yan Felipe)

O Sódio e a Hipertensão ( Mitos e Verdades)

      Falaremos um pouco hoje sobre a relação do sódio (conhecido popularmente como sal de cozinha) e a pressão arterial. Será mesmo que ele influência nessa doença? Ou nem interfere tanto assim?
     Os casos de hipertensão vêm aumentando com os passar dos anos. Um problema a ser considerado de alto risco, pois pode como conseqüência acarretar no acidente vascular cerebral e também infarto no miocárdio. Nos últimos anos se tornou um problema para saúde pública por ser uma doença séria e a dificuldade no seu controle.
      São vários os fatores que podem estar relacionados com a pressão alta, tais como o sedentarismo, estresse, o tabagismo, a hereditariedade. Há um dito popular e até alguns médicos acreditam que o sal faz mal e tem influência direta nessa doença, porém, ainda não existem estudos que comprovem tal afirmação.
      Sabe-se que mais 95% do sódio ingerido diário são excretados pela urina e a quantidade diária necessária para o ser humano está em torno de 6g, porém, como a alimentação está se tornando cada dia pior essa média vem aumentando podendo chegar a 12 gramas diárias. O alto consumo de sal leva o organismo a consumir mais água e conseqüentemente aumentando a pressão das artérias.
    No mais, as pessoas em geral necessitam de uma dieta balanceada para não ficarem reféns dos produtos industrializados que são ricos em sódio. E ficarem ligadas com a sua própria saúde, se exercitar e comer bem para ficar longe de problemas como a obesidade.





Segue o link de uma animação interativa para se entender um pouquinho de como o sódio age no organismo.

http://www.minhavida.com.br/saude/materias/15066-por-que-o-sodio-e-o-vilao-da-hipertensao


Bibliografia:

http://www.scielo.br/pdf/rsp/v37n6/18017
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/saudeemdia/30871-consumo-excessivo-de-sodio-causa-hipertensao-doencas-renais-e-cardiovasculares

Por Gabriel Caputo